Lucilda me acusa constantemente de ser exagerada. Acha um absurdo eu comprar três ou quatro pares de sapatos de uma única vez, mesmo que para a compra não haja ocasiões. Ela vive repetindo a mesma frase, como se fosse um mantra. Olha na minha cara por cima dos óculos, despenca aquele beiço e dispara: -Vai comprar pra quê? (MELO, Pe. Fábio De. Mulheres cheias de graça, 2015, p.19).
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