De aço e de flores I.

A arquitetura da minha alma é barroca. Sou fraca, sou forte, sou luz e sou sombra. Sou de aço, sou de flores e foi Elviro que me desenhou assim. Niemeyer desenhou Brasília. Elviro desenhou a mim. O grande problema é que ele me fez de lápis. Tenho medo de que, tomado por um gesto de fúria ele me apague de vez. A borracha ele tem nas mãos, e meus riscos são frágeis. Sou de grafite, sou de barro. Sou bonita, sou marmota. Sou de lata, sou de ouro, sou catedral, sou capelinha. (MELO, Pe. Fábio De. Mulheres de aço e de flores, 2015, p.159,160).

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