Mulheres de aço e de flores.

A noite com suas demoras parecia despencar as estrelas sobre o teto do meu abrigo. A dor tinha cheiro de hortelã. Não sei a razão, tristeza nem sempre tem razão. Apenas dói com seus cheiros estranhos.
As dores da infância tinham cheiro de dama-da-noite. A pequena planta ficava beirando a porta da cozinha, A mesma porta sempre entreaberta para que meu pai pudesse entrar em casa depois de suas aventuras, quando a madrugada já era a dona do mundo. (MELO, Pe. Fábio De. Mulheres de aço e de flores, 2015, p.88).

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